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Quebrando mitos sobre O design

É hora de esclarecer questões sobre um assunto que à primeira vista parece simples, mas acaba causando dores de cabeça na estratégia de e-mail marketing das empresas.

“Imagem não é nada”, dizia o slogan de uma famosa marca de refrigerantes. Mesmo sem sermos tão definitivos, podemos concluir que a beleza da peça é simplesmente parte do sucesso da campanha. Uma parte importante, sem dúvida, mas que ainda requer a implementação de diversas práticas que determinarão posteriormente o seu resultado.

Há alguns anos atrás, em reuniões com clientes, enfatizamos fragmentos-chave do HTML, como a inclusão obrigatória de um preheader separado do restante do corpo, com um call-to-action claro e conciso, que pode até ser redundante com a principal mensagem da peça, para atingir de forma mais eficaz os destinatários que não passam tempo suficiente lendo todos os e-mails.

Este call-to-action (CTA) acabou por beneficiar o engagement, justificado nas pré-visualizações das primeiras linhas que os principais provedores de e-mail acrescentaram, o que dá uma visão mais global do conteúdo. E incluindo sempre, em papel secundário, o link para visualização online, que permite acesso rápido aos assinantes cujo ISP (Internet Service Provider) não baixa imagens ou as bloqueia.

Para estes últimos, a colocação de Alt text nos gráficos também desempenha um papel fundamental, descrevendo o conteúdo com precisão para que possam compreender o que tentam comunicar nesses desenhos “invisíveis”.

O menu de navegação, que deve ser adicionado no cabeçalho abaixo do banner ou do logotipo da marca, não só traz consigo uma melhoria tangível nas taxas de cliques, mas também consegue fornecer um maior número de opções diferentes ao usuário, ao invés de apelar para um individualismo ou repetição de uma mensagem única.

Apenas 25% dos usuários demoram mais de 8 segundos para visualizar uma mensagem, o que indica um percentual de scroll down muito inferior ao imaginado.

É por isso que a mensagem principal deve ter um CTA visível na parte superior do corpo, para evitar que o cliente perca a oportunidade de ser redirecionado para a página onde se encontra o objetivo final da marca. As chamadas para ação devem ser sempre visíveis, específicas e claras.

Como já comentamos em outros artigos, os ISPs tendem e “forçam” os marketers massivos a serem muito mais relevantes e específicos no endereçamento de seus emails. Com base nisso, o pioneiro Gmail criou há alguns anos (o Outlook recentemente começou a replicá-lo, embora não exatamente o mesmo), a divisão de abas dentro de uma mesma caixa de entrada, de forma que as famosas newsletters não fossem mais entregues em na caixa principal, mas na caixa de promoções, que, por não se constituir dentro da visão original do titular da conta que a acessa, provocou uma queda média de 13% nas vagas únicas dentro daquele provedor.

Empresas de diferentes setores procuraram arduamente formas de evitar esta deterioração, o que levou a testes extensivos ou a casos de “tentativa e erro”. Um dos que mais trouxe resultados foi o incentivo (na forma de descontos ou vouchers) para que o consumidor concorde em movimentar permanentemente esses mailings.

No rodapé, as redes sociais continuam a obter os seus pequenos mas importantes retornos, seja na forma de likes, shares ou retweets. Também se tornou mais necessário justificar porque é que o referido utilizador está recebendo essa comunicação, em linha com as diferentes leis que têm moldado a capacidade de entrega nos diferentes continentes.

O descadastro deve ser simples e fácil, com um único clique, sem obrigar o destinatário, relutante, a passar por um processo mais trabalhoso do que o necessário, que, ao invés de manter o volume da base, acaba provocando uma imagem negativa da marca.

Quanto ao corpo em si, o código deve ser estruturado em tabelas. Todos os elementos devem ter largura flexível e layout responsivo, levando em consideração que hoje mais da metade dos e-mails são lidos em celulares.

Da mesma forma, as colunas de conteúdo devem ser projetadas de forma responsiva, ter largura proporcional e devem ser colapsadas umas sobre as outras quando visualizadas em dispositivos pequenos. As imagens devem ter 100% de largura.

Imagens de fundo CSS não devem ser usadas em blocos de conteúdo de texto. Isso ocorre porque os fundos não são lidos em todos os clientes de e-mail. Se quiser ter texto em cima das fotos, ele deve estar presente no design das imagens.

Essas dicas ajudarão as empresas a obter melhores resultados e mais conversões a partir de instruções simples que devem priorizar na construção do mailing, sendo sempre observadas contextualmente, buscando maximizar os efeitos do objetivo principal da campanha.